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  • Foto do escritorLuiz Gustavo

De acordo com estudo, crianças têm mais risco de adquirir do que transmitir o Covid-19

Muito se fala sobre o potencial de transmissão do coronavírus pelas crianças, por serem pouco sintomáticas e ser um grupo com forte tendência a não cumprir as medidas de distanciamento social. Um trabalho de pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), da Universidade da Califórnia e da London School of Hygiene and Tropical Medicine indica que as crianças têm mais risco de serem infectadas do que de transmitirem o vírus aos adultos.


Segundo os pesquisadores, as crianças avaliadas "não parecem ser a fonte da infecção de Sars-CoV-2 e mais frequentemente adquiriram o vírus de adultos.", diz o estudo.


O estudo foi coordenado por Patrícia Brasil, chefe do Laboratório de Pesquisa Clínica em Doenças Febris Agudas do INI/Fiocruz (Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas). Os resultados são referentes a um cenário onde a variante P.1, considerada mais transmissível, ainda não havia sido identificada.


O levantamento analisou 667 participantes na comunidade de Manguinhos, no Rio, entre maio a setembro de 2020. Foram coletados dados de 323 crianças (de 0 a 13 anos), 54 adolescentes (14 a 19 anos) e 290 adultos. Os testes de 45 crianças (13,9%) deram positivo para o vírus. O estudo mostra ainda que a infecção foi mais frequente em crianças com menos de 1 ano e na faixa de 11 a 13 anos.


Das 45 crianças com testes positivos, 26 tiveram contato com um adulto também positivo. As outras 19 tiveram contato com adultos que não consentiram em fazer o teste, mas que relataram sintomas de covid-19.


A pesquisa observou uma proporção maior de crianças com menos de um ano infectadas, em comparação com grupos de outras idades, o que seria atribuído ao contato direto com as mães. A pesquisa registrou uma taxa de infecção de aproximadamente 30% em bebês.

O estudo destaca que o período de sua realização coincidiu com o fechamento das escolas. "Os adultos podem ter sido os propagadores mais importantes porque continuaram a trabalhar fora de casa, continuamente expostos nos transportes e locais de trabalho", diz o estudo.


Além de fornecer dados para que as medidas restritivas (como fechamento de escolas).

sejam reavaliadas, os cientistas alertam para a necessidade de que profissionais da área de educação sejam vacinados e que as crianças sejam inclusas na vacinação prevista pelo PNI (Plano Nacional de Imunização) do Ministério da Saúde para conter a transmissão do vírus.


Fonte:Uol



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