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  • Foto do escritorLuiz Gustavo

Crianças transmitem pouco o novo coronavírus, aponta estudo francês

Crianças entre 6 e 11 anos transmitem pouco o novo coronavírus na escola, seja para seus colegas ou para adultos, um fato "tranquilizador" para os países que reabrem os colégios, de acordo com um estudo divulgado hoje pelo Instituto Pasteur da França. "Em geral, as crianças são infectadas na família, geralmente através de seus pais, mas depois a transmitem pouco na escola", explica o principal autor do estudo, dr. Arnaud Fontanet.


O estudo foi realizado em seis escolas do ensino básico em Crépy-en-Valois, uma comunidade duramente afetada pela epidemia entre fevereiro e março. Um total de 1.340 pessoas foram submetidas a testes de detecção de anticorpos, incluindo 510 crianças, e os demais adultos.


Os pesquisadores identificaram três crianças infectadas com o novo coronavírus antes que suas escolas fossem fechadas no âmbito do confinamento para conter a pandemia. Nenhuma delas infectou qualquer pessoa na escola durante as três semanas de exposição.


Num primeiro momento, a covid-19 foi considerada altamente contagiosa em crianças,. Outros estudos iniciais também mostraram que as crianças têm uma carga viral de

SARS-CoV-2 tão alta quanto os adultos, sugerindo assim que infectavam da mesma forma.


Na França, todas as crianças foram autorizadas a retornar às aulas a partir de segunda-feira, após um período de transição em que apenas

uma pequena porcentagem de alunos foi aceita.


Por outro lado, para estudantes de escolas de ensino médio com entre 16 e 18 anos, "tenho minhas reservas", disse Fontanet. Um estudo anterior, igualmente liderado por Fontanet, mostrou como a epidemia explodiu em um instituto também em Crépy-en-Valois.


Entre as 1.340 pessoas analisadas nas escolas do ensino básico, 139 (81 adultos e 58 crianças) foram infectadas em algum momento. Entre os pequenos, isso representa 8,8%. Um total de 61% dos pais de crianças infectadas também contraíram o vírus, em comparação com 6,9% dos pais de crianças não infectadas.


Os pesquisadores concluem que os pais geralmente infectam crianças e não vice-versa. Os professores saíram quase incólumes: apenas 3 em 42 (7%) foram infectados.


Mais de 41% das crianças infectadas (24 de 58) não apresentaram sintomas (em comparação com apenas 9,9% entre os adultos). "Isso confirma o que já sabemos: as crianças desenvolvem formas leves da doença", lembra Fontanet.



Fonte:Uol

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