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  • Foto do escritorLuiz Gustavo

Como o covid-19 está afetando as crianças?

Até agora, o coronavírus infectou crianças com menos frequência e gravidade, mas não é certo como variantes podem mudar esse cenário, alertam especialistas. "A incidência de covid-19 entre menores de 15 anos está aumentando drasticamente", advertiu Lothar Wieler, presidente do Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental alemã responsável pelo controle e prevenção de doenças.


Segundo Wieler, há indícios de que a variante B117 do coronavírus, originária do Reino Unido e mais transmissível, desempenha um papel importante no aumento de surtos em creches.


A notícia chegou no momento em que escolas e creches voltam a abrir suas portas na Alemanha, ao menos parcialmente. Mas ela não é totalmente surpreendente, segundo Johannes Liese, chefe do departamento de imunologia e doenças infecciosas pediátricas do Hospital Universitário de Würzburg.

"Ao abrirmos escolas e creches, com certeza haverá mais transmissões", diz.


"Sabe-se até agora apenas que o vírus poupou as creches", disse Liese. Agora, no entanto, o Hospital Universitário de Würzburg está recebendo um número crescente de pequenos pacientes com covid-19. Liese, assim como Wieler, suspeita que o aumento da incidência se deve à variante britânica.


Após um ano de pandemia, sabe-se que "em geral, crianças adoecem de covid-19 menos e com menor gravidade", disse Markus Knuf, membro da presidência do conselho da Sociedade Alemã de Doenças Pediátricas Infecciosas (DGPI).

"Até 7 de março de 2021, foram internadas 1.051 crianças com covid-19", informa.

"Apenas 5% dos pacientes jovens tiveram que se submeter a terapia intensiva." De acordo com Knuf, os mais afetados foram crianças menores: "Cerca de dois terços das crianças internadas foram bebês e crianças pequenas", disse o médico. Cerca de 30% tinham uma doença pré-existente, por exemplo, dos pulmões.

A maioria das crianças deixa o hospital em boas condições de saúde, apesar de ter passado por uma infecção.

No site da DGPI um sistema que registra casos graves de covid-19 em crianças. A chamada Síndrome Multissistêmica Inflamatória Pediátrica (PIMS) compreende vários sintomas, cujas causas estão relacionadas com a infecção. Os sintomas clínicos são semelhantes aos da síndrome de Kawasaki, uma doença febril aguda com inflamação das artérias. Já foram relatados os casos de 223 crianças afetadas. Segundo Knuf, cerca de 10% ficaram com sequelas.


Nesta terça-feira, a farmacêutica americana Moderna anunciou que iniciou os ensaios clínicos de fase 2 e 3 do seu imunizante em crianças de 6 meses a 11 anos de idade.

Liese é a favor da vacinação de crianças − não apenas para que cada criança seja protegida de um curso potencialmente grave da covid-19, mas também para retardar a transmissão do vírus. "As crianças não são os motores da pandemia", diz Knuf. Liese concorda. Mutações, no entanto, podem mudar isso, apontam.


Segundo uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Laboratórios e Demais Estabelecimentos de Saúde do Estado de São Paulo (SindHosp) divulgada dia 12 de março, o número de crianças internadas com covid-19 cresceu nos hospitais particulares do estado.


A pesquisa apurou dados de 93 hospitais de 12 das 17 regionais de saúde do estado paulista entre os dias 8 e 11 de março. O aumento no número de crianças e adolescentes internados corresponde a 47% na rede privada.

Uma pesquisa feita pela Agência Brasil com base nos balanços divulgados pela Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo mostrou que o estado registra nos três primeiros meses deste ano um aumento no número de mortes de crianças. Entre 1º de janeiro e 12 de março de 2021, 22 crianças menores de 10 anos morreram por covid-19 no estado. Esse número representa mais de 40% do que foi registrado em todo o ano passado: entre os meses de março a dezembro, foram 52 mortes.


Fonte: Jornal Terra

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